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Gorongosa

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O Parque Nacional da Gorongosa - um tesouro mundial de biodiversidade - celebrou o seu Quinquagésimo Aniversário em 2010. A Gorongosa em 1960 passou oficialmente a ser designada por Parque Nacional; anteriormente era uma Reserva de Caça, onde, por decreto, desde 1935 a caça não era permitida.

 

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O Parque da Gorongosa, tal como outras reservas naturais em todo o mundo, pode vir a desempenhar um papel preponderante no que respeita à protecção das espécies e respectivos habitats.

 

Se geridos de forma correcta, os parques nacionais protegem a biodiversidade e portanto contribuem para diminuir o número de espécies terrestres que se irão extinguir neste século.

 

A gestão do Parque da Gorongosa adoptou uma nova filosofia sobre a finalidade dos parques nacionais -- diferente portanto da filosofia de gestão para áreas protegidas, vigente há algumas décadas atrás.

Agora, reconhecemos que um parque nacional deve ajudar os seres humanos que residem nas suas redondezas e não apenas preservar a natureza. 

 

A parceria público-privada de 20 anos para a co-gestão da restauração da Gorongosa disponibiliza-nos um mandato de forma a prosseguir os dois objectivos relativos ao desenvolvimento humano e à protecção da biodiversidade.

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Ministro do Turismo inaugura o Centro de Educação Comunitária, observado pelo Embaixador dos EUA em Maputo e por Greg Carr e outros membros da equipa de gestão do Parque da Gorongosa

 

Esta abordagem holística à restauração do ecossistema da Gorongosa, em que o bem-estar dos seres humanos é parte integrante do projecto de restauração, pressupõe a interligação entre os seres humanos e a natureza.

 

Os seres humanos precisam da natureza: os ecossistemas dão-nos ar puro, água, solo fértil, abrigo, nutrição, inúmeros recursos naturais e recompensas estéticas e espirituais.

Os seres humanos são também eles próprios uma componente da natureza.

A actividade humana afecta a natureza de forma positiva e também negativa.

 

A conservação é a maneira que temos de reduzir os impactos negativos resultantes da vivência e interacção dos seres humanos com o meio ambiente.


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Centro de Educação Comunitária: vista exterior do edifício do restaurante

 

Para fomentar o apoio político à conservação, as necessidades dos seres humanos têm de ser atendidas à medida que pedimos à sociedade para preservar e proteger os "pontos quentes" de biodiversidade.

 

Em 2010 inaugurámos o Centro de Educação Comunitária da Gorongosa.

Este Centro é o lugar onde convergem os esforços multi-disciplinares do Projecto de Restauração da Gorongosa.

Este Centro servirá como lugar de encontro para os diferentes parceiros sociais poderem discutir e debater os sérios aspectos humanos e ambientais com que o ecossistema da Gorongosa hoje se confronta.

 

Profissionais nas áreas da ecologia, silvicultura, fauna bravia, agronomia, saúde, planeamento, economia, ciências sociais, ecoturismo e outras estão a colaborar no planeamento e execução do Projecto de Restauração da Gorongosa.

 

Obviamente apoiam-se nos conhecimentos e nos líderes locais de forma a que este ecossistema interligado possa apoiar a diversidade de vidas que dele depende.


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Centro de Educação Comunitária: aspecto da sala de refeições do restaurante

 

Agora que chegámos ao fim de 2010, o Parque Nacional da Gorongosa está prestes a tornar-se de novo num dos primeiros destinos de ecoturismo em África, tal como acontecia nos anos 60 e 70, quando estrelas de cinema, astronautas e outras celebridades visitavam a Gorongosa.

 

Conhecidos operadores de safaris, cadeias hoteleiras e operadores turísticos de todo o mundo entregaram as suas propostas para algumas das áreas seleccionadas no Parque, que foram destinadas ao desenvolvimento turístico sustentável pelo Governo de Moçambique.

 

 

Cada área de desenvolvimento turístico - a maior das quais com um pouco mais de 47.000 hectares - irá albergar vários acampamentos de tendas de luxo, acampamentos de tendas volantes e nalguns casos cabanas de luxo.

Os novos acampamentos serão construídos de acordo com as estritas políticas ecológicas do Parque e serão, sem dúvida, das mais "verdes" estruturas turísticas de África.

A maioria dos acampamentos será construída perto de (mas não em) zonas húmidas, áreas cársicas, terrenos de reprodução e áreas onde o zoneamento do Parque permitir safaris de jipe, passeios a pé acompanhados de guia e outras actividades para turistas.

 

Algumas áreas de desenvolvimento turístico incluem "zonas de natureza selvagem", onde serão efectuadas excursões de forma restrita ou exclusivamente limitadas a caminhadas a pé.

 

Todas estas novas iniciativas turísticas irão criar empregos nas comunidades locais.

O Ministério do Turismo de Moçambique e o Projecto de Restauração da Gorongosa estão a seleccionar os projectos que melhor se enquadrem nos elevados padrões ecológicos do Parque, assegurando "que o ecossistema seja preservado e que seja criada uma indústria turística sustentável."

 

 

Estamos seguros que os próximos anos vão ser ainda mais apaixonantes e estão todos desde já convidados a visitarem Moçambique e a Gorongosa, para poderem testemunhar a restauração de um destino turístico de características únicas e que é simultaneamente um dos mais belos e espantosos parques de fauna bravia de todo o mundo.

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