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Gorongosa

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O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) introduziu no início do presente ano a técnica de colecta selectiva de resíduos sólidos e de compostagem de lixo orgânico no acampamento turistico de Chitengo e nos acampamentos do staff localizados em Nhambita, Site 1 e Centro de Educação Comunitária, no âmbito da sua responsabilidade sócio-ambiental.

 

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Exemplo da recolha diferenciada de resíduos sólidos

 

A recolha é feita em recipientes distintos com tampas de cores padronizadas internacionalmente para cada categoria de lixo.

 

Depois segue-se o processo de deposição separada de matérias orgânicas, inorgânicas e perigosas ou substâncias altamente poluentes do meio ambiente.

 

O lixo orgânico, nomeadamente cascas de frutas e legumes, restos de outros vegetais e comida, vai à compostagem aonde é eficientemente transformado em compostos fertilizantes dos solos agrícolas. De acordo com o gestor de Avaliação de Impacto Ambiental e Saúde, Edgar Faduco, “o método alivia o impacto ambiental lesivo dos aterros que podem afectar águas subterrâneas de diversas formas, incluindo a emanação do gás metano”.

 

Na compostagem as sobras vegetais orgânicas são amontoadas dentro de uma armação metálica com tampa e por cima dos resíduos é colocada uma camada fina de cinza, que funciona como isolante do odor. Nos laterais da gaiola são perfilados pneus velhos para evitar a invasão de animais.


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Compostagem de lixo orgânico

 

Já decomposto o lixo, o produto final é transportado de carro e entregue à associação de camponesas Mbale Ndi Phaza que se dedica à agricultura orgânica na comunidade do Vinho, em Nhamatanda, a qual a usa como nutriente das culturas nas hortas.

 

Enquanto isso, os metais, as latas, os restos de vidros, as garrafas e embalagens plásticas e descartáveis são armazenados em locais exclusivos para posteriormente serem encaminhadas às instituições de reciclagem de lixo.

 

A medida “visa contribuir para a melhor sustentabilidade ambiental, saúde dos trabalhadores e dos visitantes do Parque, através da aplicação de alguns princípios da teoria dos três Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar)”.

 

A nova estratégia do plano de gestão de lixo em Chitengo, segundo Edgar Faduco, “para além de ser saudável ao meio ambiente, também gera benefício para as pessoas”.

 

“Muitos não sabem que do lixo reciclável e reaproveitável podemos gerar receitas”. “Por exemplo, a partir do reaproveitamento das garrafas plásticas podemos fazer poltronas e pufe, sistema de rega gota a gota, e das suas tampas produzirmos tapetes, etc...”, explicou.

 

Num outro desenvolvimento, apelou a todos para pautarem sempre pela atitude ecologicamente positiva a fim de conservar a Natureza e garantir a beleza visual do meio ambiente, sobretudo na gestão do lixo que cada um produz. Pois, como se sabe, muitos produtos industriais não são biodegradáveis e precisam longos anos para se destruírem, caso de latas de alumínio que levam entre 80 a 100 anos, garrafas de plástico 400 anos, pneus 600 anos e vidros 4.000 anos.


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Edgar Faduco, gestor de Avaliação de Impacto Ambiental e Saúde

 

De referir que a limpeza em Chitengo, Nhambita, Site 1 e CEC é garantida por uma equipa de sete trabalhadores que fazem a recolha e deposição separada de cerca de 200 kg de lixo produzidos diariamente nos três locais.


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Membros da equipa de recolha e deposição selectiva de lixo

 

Carlitos Sunza

Departamento de Comunicação do PNG

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