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Acompanhe as actividades do Parque Nacional da Gorongosa e deixe o seu comentário!
Parque Nacional da Gorongosa 27 Nov 09
O Governo do Distrito de Gorongosa procedeu no passado dia 27 de Outubro à consignação de 88.623,95 MT a favor da comunidade de Nhangúo, representada pela Associação Ngaiwanwe Nhangúo, liderada pelo Comité de Gestão de Recursos Naturais local.
O valor monetário corresponde ao quociente da divisão de 20 por cento das receitas derivadas das receitas do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), referente ao exercício económico de 2007. Igual valor foi partilhado por quatro dentre 15 comunidades residentes na zona tampão da área de conservação ora referida, nomeadamente Nhambita, Tambarara e Sandjungira. Estas beneficiaram de igual quantia ano passado, no âmbito da legislação moçambicana sobre florestas e fauna bravia.
Nhanguo recebe tardiamente a sua fracção porque só recentemente é que teve uma conta bancária para a qual foi transferido o dinheiro das receitas consignadas pela entidade licenciadora.
A cerimónia da entrega reuniu membros do Governo distrital e local, representantes do PNG, líderes da autoridade comunitária, população da região e de outras zonas próximas, entre outros convidados.
O administrador do distrito da Gorongosa, discursando na ocasião disse que “o PNG é património nacional e gera benefícios para os moçambicanos”, pelo que pediu “o maior envolvimento de todos na sua conservação através da fiscalização e controlo das queimadas descontroladas, da caça furtiva, do desflorestamento e da remoção da cobertura vegetal ao longo das bacias hidrográficas”.
João Oliveira explicou que o Parque sem ecossistemas deixará de ser local de atracção turística e, por conseguinte, parará de gerar benefícios sócio-económicos às comunidades locais e ao País em geral.
“Se matarem os animais, cortarem as árvores e fizerem machambas ao longo dos rios, os turistas não terão mais motivos para visitar a Gorongosa e o Parque ficará sem dinheiro para continuar a construir escolas, hospitais e fontanários, financiar projectos de desenvolvimento comunitário, criar oportunidades de emprego, e contribuir para as receitas do Estado” – concluiu.
Por seu turno, o director de Relações Comunitárias do PNG, Mateus Mutemba, descreveu a origem e a forma de dedução da percentagem dos 88.623,95 MT entregues, como estando enquadrados no Acordo de gestão de longo prazo assinado entre o Governo de Moçambique e o "Gorongosa Restoration Project" (ex-Fundação Carr), visando a restauração do PNG.
Paralelamente, apelou ao reforço da relação de boa vizinhança entre o Porque e as comunidades à sua volta, visando a protecção, conservação e promoção do uso sustentável dos recursos naturais.
O vigoroso apelo foi lançado em face de Nhangúo fazer menos em matéria de defesa da integridade dessa área de protecção total. “Vários incêndios atingiram o Santuário do PNG no princípio de Setembro findo, no entanto, o registo das imagens de satélite de detecção de fogos indicaram que alguns deles tiveram início nesta comunidade”, referiu Mateus Mutemba.
Num outro desenvolvimento, explicou que “a partir do próximo ano a distribuição dos 20 por cento das receitas consignadas a favor das comunidades da zona tampão será com base no nível da sua participação na conservação do Parque, isto é, quem trabalhar mais receberá mais dinheiro e o que se destacar menos terá pouca recompensa”. Para tal, segundo disse, o Parque assinará acordos de conservação com cada uma das comunidades da zona tampão do parque, estabelecendo todas as regras e obrigações das partes.
Nhangúo compromete-se a controlar as queimadas e a caça
A comunidade de Nhangúo, com mais de duas mil pessoas, assumiu publicamente no fim do acto, o compromisso de preservar os distintos ecossistemas do PNG.
O presidente do Comité de Gestão dos Recursos Naturais, Martinho António, quando se dirigia aos presentes em nome do colectivo disse que “estamos felizes com o que acabou de acontecer, pois ninguém da zona acreditava na disponibilização dos 20 por cento das receitas do Parque em nosso favor, pensávamos que era aldrabice do Governo quando se falava disso”.
Já com a certeza dos benefícios, Martinho António, prestou um juramento no qual disse “se fazíamos fogos e caçávamos os animais do Parque, a partir de hoje deixaremos de o fazer”, sob os fortes aplausos dos participantes, em gesto de concórdia da renúncia da prática de actividades ilícitas anteriormente praticadas.
Comunidade já decidiu em que investir
A população do regulado de Nhangúo, na localidade de Púnguè, em Gorongosa, tem muitas necessidades, sendo impossível resolver todas com o fundo recebido, mas já sabe em que aplicar.
De acordo com Francisco Júnior, membro do Comité de Gestão dos Recursos Naturais, a comunidade que esteve reunida há dias em fórum consultivo com vista a alistar os problemas locais e a respectiva priorização, decidiu usar a verba na construção de um posto de socorros na região e o que, por ventura sobrar, será usado no financiamento de projectos agrícolas. Nhangúo é uma das comunidades em que o PNG presta o serviço de clínica móvel dada a distância da comunidade para a unidade sanitária.
Cerimónia em ambiente de festa
O Grupo Cultural Chibango Mapaza da Gorongosa, vindo da vila-sede distrital, sob à liderança de José Chibango, deu mais luz e cor à festa com cantos e boa dança ao ritmo de sons de batuques tocados com muita mestria.
Os habitantes de Nhangúo mostraram-se muito satisfeitos com o dinheiro, tendo demonstrado a sua alegria através das danças tradicionais de Mapaza e Djole.
A festa terminou com um almoço de confraternização na casa do Régulo Abreu Nhangúo, aonde as pessoas comeram e beberam.
Carlitos Sunza
Departamento de Comunicação do PNG
Parque Nacional da Gorongosa 26 Nov 09
Veja aqui uma exposicao de 45 belas fotografias sobre o Parque Nacional da Gorongosa com especial enfoque nas paisagens do Parque e no renascimento da fauna.
Esta Exposição esteve aberta ao público de Maputo no Centro Cultural Franco Mocambicano entre os dias 20 e 31 de Outubro deste ano e é da autoria de Jean-Paul Vermeulen.
Parque Nacional da Gorongosa 24 Nov 09
O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) introduziu no início do presente ano a técnica de colecta selectiva de resíduos sólidos e de compostagem de lixo orgânico no acampamento turistico de Chitengo e nos acampamentos do staff localizados em Nhambita, Site 1 e Centro de Educação Comunitária, no âmbito da sua responsabilidade sócio-ambiental.
A recolha é feita em recipientes distintos com tampas de cores padronizadas internacionalmente para cada categoria de lixo.
Depois segue-se o processo de deposição separada de matérias orgânicas, inorgânicas e perigosas ou substâncias altamente poluentes do meio ambiente.
O lixo orgânico, nomeadamente cascas de frutas e legumes, restos de outros vegetais e comida, vai à compostagem aonde é eficientemente transformado em compostos fertilizantes dos solos agrícolas. De acordo com o gestor de Avaliação de Impacto Ambiental e Saúde, Edgar Faduco, “o método alivia o impacto ambiental lesivo dos aterros que podem afectar águas subterrâneas de diversas formas, incluindo a emanação do gás metano”.
Na compostagem as sobras vegetais orgânicas são amontoadas dentro de uma armação metálica com tampa e por cima dos resíduos é colocada uma camada fina de cinza, que funciona como isolante do odor. Nos laterais da gaiola são perfilados pneus velhos para evitar a invasão de animais.
Já decomposto o lixo, o produto final é transportado de carro e entregue à associação de camponesas Mbale Ndi Phaza que se dedica à agricultura orgânica na comunidade do Vinho, em Nhamatanda, a qual a usa como nutriente das culturas nas hortas.
Enquanto isso, os metais, as latas, os restos de vidros, as garrafas e embalagens plásticas e descartáveis são armazenados em locais exclusivos para posteriormente serem encaminhadas às instituições de reciclagem de lixo.
A medida “visa contribuir para a melhor sustentabilidade ambiental, saúde dos trabalhadores e dos visitantes do Parque, através da aplicação de alguns princípios da teoria dos três Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar)”.
A nova estratégia do plano de gestão de lixo em Chitengo, segundo Edgar Faduco, “para além de ser saudável ao meio ambiente, também gera benefício para as pessoas”.
“Muitos não sabem que do lixo reciclável e reaproveitável podemos gerar receitas”. “Por exemplo, a partir do reaproveitamento das garrafas plásticas podemos fazer poltronas e pufe, sistema de rega gota a gota, e das suas tampas produzirmos tapetes, etc...”, explicou.
Num outro desenvolvimento, apelou a todos para pautarem sempre pela atitude ecologicamente positiva a fim de conservar a Natureza e garantir a beleza visual do meio ambiente, sobretudo na gestão do lixo que cada um produz. Pois, como se sabe, muitos produtos industriais não são biodegradáveis e precisam longos anos para se destruírem, caso de latas de alumínio que levam entre 80 a 100 anos, garrafas de plástico 400 anos, pneus 600 anos e vidros 4.000 anos.
De referir que a limpeza em Chitengo, Nhambita, Site 1 e CEC é garantida por uma equipa de sete trabalhadores que fazem a recolha e deposição separada de cerca de 200 kg de lixo produzidos diariamente nos três locais.
Carlitos Sunza
Departamento de Comunicação do PNG
Parque Nacional da Gorongosa 19 Nov 09
37 crianças, adolescentes e jovens órfãos e vulneráveis provenientes da cidade da Beira visitaram este fim-de-semana o Parque Nacional de Gorongosa (PNG).
A visita visava proporcionar ao grupo, que vive na condição social de orfandade no Centro Orfanato Destino de Salvação, na sequência do falecimento de um dos progenitores ou de ambos os pais, normalmente vítimas de várias doenças com particular relevância para a HIV/SIDA.
Foi esta uma ocasião de contacto estreito com a Natureza para motivá-los a ter maior amor por esta e respeito pela fauna bravia de Moçambique.
Por outro lado, de acordo com o responsável do Orfanato, Daúce Tiago Bonga, o retiro financiado pela Cooperação Italiana tinha em vista “proporcionar aos elementos competências práticas em matéria de conservação ambiental”.
“Levamos a eles para Parque como forma de conciliar os conhecimentos teóricos que adquirem na escola sobre o meio ambiente com a realidade prática e foi muito bom”, acrescentou.
Os 37 menores que visitaram o PNG, na companhia de três assistentes socais, frequentam desde a 3a até a 11a classe do Sistema Nacional da Educação em várias escolas públicas da capital provincial de Sofala com ajuda disponibilizada pela instituição acolhedora através de seus parceiros de cooperação.
Localizado no bairro da Manga, na cidade da Beira, o Centro Orfanato Destino de Salvação exerce as suas actividades desde 2001, congregando presentemente 40 órfãos e vulneráveis, de ambos os sexos.
Carlitos Sunza
Departamento de Comunicação /PNG
Parque Nacional da Gorongosa 18 Nov 09
O distrito de Gorongosa acolheu no passado fim-de-semana um evento de música e teatro.
A efeméride de nível distrital, organizada pelo Parque Nacional da Gorongosa (PNG) em coordenação com as autoridades administrativas do distrito, teve lugar no largo das mangueiras, atrás do Conselho Municipal da Vila de Gorongosa.
O concerto tinha como objectivos criar oportunidade para os artistas culturais emergentes desta área se conhecerem e trocarem experiências, bem como popularizar e divulgar a diversidade cultural da região.
Quatro bandas musicais, nomeadamente Muera, Canda, Nhancunco e Irmãos da Gorongosa, e um grupo teatral, designadamente Nganganga, apresentaram seus dotes em diferentes expressões culturais.
O agrupamento de Nhancuco, representado por Silvestre Braga, foi o primeiro a fazer-se ao palco fixo de madeira. Seguido do de Canda que entusiasmou a audiência com melodias divertidas de gospel.
Depois entrou em acção o Grupo Teatral, Canto e Dança Nganganga sob a direcção do Olímpio Francisco Nota Cassenga, que encenou uma peça sobre a violência doméstica. A equipa polivalente, composta por 15 actores, apresentou um tema de actualidade que reflecte algumas das mais graves inquietações que afligem a sociedade nos dias de hoje, com um elevado sentido do humor.
Este grupo cedeu palco aos Irmãos da Gorongosa liderados por Albertino Óscar. Trata-se de um conjunto musical da Vila-sede que toca ritmo de marrabenta e canta essencialmente temas educativos sobre o meio ambiente e faz críticas sociais.
Sons ritmos agradáveis e a voz jovial do seu vocalista principal encantou sobremaneira o público.
Por fim, actuou o agrupamento de Muera. Este conjunto dirigido por Rodrigues Araújo António foi o astro evidente do show, que acontece pela primeira na história da Gorongosa.
Os muerenses protagonizaram uma delirante apresentação, naquilo que foi a actuação mais aplaudida pelos espectadores.
Os jovens músicos cantaram em chigorodzi e encantaram ao ritmo de música zimbabweana, levando à assistência ao frenesi.
As bandas tocaram com seus próprios instrumentos de fabrico tradicional, constituídos basicamente por três guitarras e uma bateria, associados a dois microfones e um amplificador convencionais.
As guitarras artesanais foram produzidas observando estrutura e todas as técnicas de um equipamento do género moderno, como caixa de ressonância e captador que permite a amplificação electrónica do som.
Centenas de pessoas assistiram a este evento de expressão cultural no largo das mangueiras no Município da Gorongosa.
Os artistas agradeceram a iniciativa. De acordo com o líder dos Irmãos da Gorongosa, Albertino Óscar, o evento deu oportunidade a diferentes grupos do distrito de se conhecerem, conviverem juntos e trocarem experiências. Para além de constituir uma ocasião ímpar dos músicos se exporem e serem conhecidos pelo público.
Por outro lado, pedem para que acções desta natureza continuem na Gorongosa como forma de promover e popularizar músicos locais.
Albertino Óscar, líder dos Irmãos da Gorongosa
Este sentimento é corroborado por todos os outros responsáveis das bandas que tomaram parte no espectáculo.
Por sua vez, o chefe da Secção de Apoio Pedagógico, António Mambuanda, em representação da directora do Serviço Distrital da Educação, Juventude e Tecnologia, louvou a intenção do PNG em organizar um evento de manifestação cultural para os músicos e actores teatrais da Gorongosa.
“Foi muito bom o Parque juntar vários artistas da Gorongosa para mostrarem o seu talento e elevar a cultura local”, disse Mambuanda.
No fim das manifestações musicais e exibições teatrais cada grupo participante recebeu um presente de dez capulanas a que se seguiu um almoço de convívio.
Carlitos Sunza
Departamento de Comunicação do PNG
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