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Gorongosa

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Lago Urema em risco de desaparecer

Parque Nacional da Gorongosa 22 Out 09

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Vista aérea do Lago Urema

O Lago Urema corre o risco de desaparecer nos próximos tempos do conjunto de ecossistemas do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) devido ao seu progressivo assoreamento.

O ser humano com suas práticas decorrentes a montante das bacias hidrográficas que escoam para esta depressão natural é apontado como o principal responsável pelos actuais índices de redução da profundidade e do nível das reservas de água.

O trabalho agrícola e outras acções associadas à moção de terra, sobretudo nos declives, provocam a erosão dos solos e materiais orgânicos que são transportados pelas enxurradas até os cursos de água, que por sua vez, os levam até ao reservatório do lago, dando origem ao processo de assoreamento.
O Urema abastece-se das águas que saem da Serra da Gorongosa e do Planalto do Baruè, província de Manica, incluindo as águas do Rio Nhandugue. Sucede que, segundo o relatório preliminar da pesquisa geofísica realizada há dias ao longo desse rio, na região de Casa Banana, por duas estudantes da Lund University da Suécia, que resultará na elaboração das suas dissertações para obtenção do grau académico de mestre, “a infiltração das águas a jusante dos rios para alimentar o lençol freático é interrompido por causa da deposição dos sedimentos nas áreas de recargas subterrâneas”, em consequência directa do procedimento do homem.

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Bacia Hidrográfica do Lago Urema

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Confluência do Rio Urema (de cor verde, á direita)
 com o Rio Púnguè (acastanhado, à esquerda)

 

A sua profundidade diminuiu de uma média de 1.50 m em 2004 para 0.5 m hoje, enquanto que a superfície, que actua como um filtro das águas turvas, retraiu da média de 22 quilómetros quadrados (espaço de observação 1974 - 2004) para 10 quilómetros quadrados actualmente.
As pessoas retiram a cobertura vegetal e praticam actividades que concorrem para impermeabilização do solo, afectando o processo normal de recargas que alimenta o lago.

Para inverter o cenário, de acordo com a gestora dos Serviços Científicos do PNG e co-supervisora da dupla Li Stenberg e Kristina Arvidsson, Dra. Franziska Steinbruch, “é necessário adoptar um conjunto de medidas paliativas e profundamente urgentes”, incluindo “o controlo do desflorestamento, a proibição de abertura de machambas a menos de 50 m das margens dos rios e respeito pela Lei do Meio Ambiente”.

 “A morte do lago será uma catástrofe ecológica, pois constituí a fonte principal da fauna bravia do Parque sob o ponto de abastecimento de água”, aludiu.

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A gestora dos Serviços Científicos, Dra. Franziska Steinbruch

 

De referir que o Lago Urema alberga uma das mais vastas populações de Crocodilos do Nilo do mundo

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Crocodilos "a banhos" no Lago Urema

 

Fotos: Franziska Steinbruch e Carlitos Sunza (PNG) e Alison Westwood (Getaway Magazine South Africa)

 

Mapa: Franziska Steinbruch (PNG)

Texto: Carlitos Sunza (Departamento de Comunicação / PNG)

 

O moderador do curso, Edgar Faduco

 

Trabalhadores, entre colaboradores, técnicos, supervisores, coordenadores e gestores, do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) participaram há dias numa acção de formação de meio dia em matéria de Gestão Ambiental Empresarial em Chitengo.

O curso, organizado pelo Sector de Avaliação de Impacto Ambiental e Saúde subordinado ao Departamento de Conservação do PNG, visava dotar os participantes de noções que incutem a uma maior consciência e responsabilidade ambiental no ramo produtivo e adopção de modelo de exploração de recursos naturais que atende as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras.

A formação de pessoas neste domínio é das medidas estratégicas primárias com vista a minimizar o impacto ambiental, pois o homem é dos principais responsáveis na alteração das propriedades físicas, químicas biológicas e mais do Meio Ambiente acometendo, por conseguinte, a saúde pública, a segurança, índice de qualidade de vida e o bem-estar da população, as actividades económicas, as condições estéticas e sanitárias da Natureza.
O ser humano poluí permanentemente o Ambiente por causa de matéria e energia consequentes de suas actividades diárias.


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Unidade de Decomposição Orgânica, devidamente protegida contra a intromissão de animais

 

Vários temas, nomeadamente o histórico da questão ambiental, o consumidor “verde” e o desenvolvimento sustentável, a gestão ambiental empresarial, os elementos da gestão ambiental empresarial, as dicas para um consumo sustentável, entre outros foram abordados durante esta acção formativa.

 

Foram igualmente passados em revista aspectos gerais da legislação ambiental moçambicana.

 

O moderador do curso, por conseguinte, o gestor de Avaliação de Impacto Ambiental e Saúde, Edgar Faduco, avalia positivamente os resultados da formação. Segundo disse “os objectivos para que a actividade formativa foi organizada “lograram-se satisfatoriamente”.

 

A Gestão Ambiental Empresarial refere-se a um  conjunto de políticas, programas e práticas administrativas e operacionais que levam em conta a saúde e a segurança das pessoas, a protecção do meio ambiente através da eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do planeamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desactivação de empreendimentos ou actividades incluindo-se todas as fases do ciclo de vida do produto.

 



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A equipa responsável pela manutenção da limpeza do Acampamento de Safaris de Chitengo

 

Carlitos Sunza

 

Departamento de Comunicação do PNG

 

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