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Gorongosa

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A jornalista e escritora moçambicana, Rosa Langa, lançou em 8 de Março de 2009, no Parque Nacional da Gorongosa (PNG), em Sofala, o seu segundo livro: "As Inconfidências dos homens". O acontecimento reuniu membros de diferentes categorias da Equipa de Gestão do Parque e membros da comunidade do Vinho, distrito de Nhamatanda, em Sofala.

Rosa Langa compilou 27 entrevistas feitas a diferentes individualidades  masculinas, radiodifundidas parcialmente na Rádio Moçambique (RM) - EP, onde são abordados vários temas, dos quais a questão da sexualidade masculina como, por exemplo, os sentimentos da primeira experiência, a utilização ou não de preservativo, as relações ocasionais, relações com prostitutas, circuncisão. Fazem parte desta colecção as entrevistas de 25 artistas moçambicanos e dois estrangeiros, nomeadamente Bonga, cantor angolano, e Rui Veloso, músico português. 

Revela o quão preconceituoso é o mundo em que vivemos. E mais. A obra de Rosa Langa traz à luz a visão que os homens têm da mulher e nesse entulho de percepções da pessoa mulher se desdobra em escamas a dura verdade que a luta pela emancipação da mulher e pela igualdade de género vai perdurar ainda mais” - assinala no prefácio o  Prof. Doutor José Mateus Muária Katupa, antigo ministro da Cultura, Juventude e Desportos de Moçambique.

O livro é “revelador da paixão que a autora nutre pelo jornalismo cultural. Como jornalista de mão-cheia, Rosa Langa, assume o papel instrumental para a exposição dos artistas dirigida aos governantes onde colocam os seus encantos e desencantos sobre gestão e direcção da Política Nacional da Cultura” – Escreve Katupa.

 

“As Inconfidências dos Homens” da Rosa Langa 

O lançamento inaugural do livro foi a 22 de Agosto de 2008,  no Centro Cultural Franco - Moçambicano, em Maputo. Depois seguiram-se as apresentações do dia 25 de Setembro de 2008, na Embaixada de Moçambique, em Lisboa, 04 de Outubro de 2008, em Pretória, 17 de Outubro de 2008, na cidade de Pemba, 14 de Fevereiro de 2009, na cidade da Beira, 23 de Fevereiro de 2009, na cidade de Quelimane e 8 de Março, dia Internacional da Mulher, no PNG.

O Presidente da Fundação Carr e membro do Comité de Supervisão do PNG, Gregory Carr, convidado a tomar palavra à margem da cerimónia de lançamento da referida obra literária parabenizou a autora e felicitou todas as mulheres por ocasião de passagem de mais um aniversário alusivo ao Dia Internacional da Mulher. 

Por outro lado, destacou o projecto de restauração do Parque e os benefícios directos que gera para as comunidades ao seu redor, sobretudo na criação de oportunidades de emprego para a camada feminina local.

“O PNG reconhece o papel da mulher na sociedade e estamos a lutar para melhorar a sua qualidade de vida” - concluiu Gregory, carinhosamente tratado por Greg.

 

Gregory Carr durante a cerimónia de lançamento do livro da Rosa Langa

 

Por sua vez, a “parturiente”  de "As Inconfidências dos homens" disse que o Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de Março de cada ano. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos económicos, políticos e sociais alcançados pela mulher. 

Num outro desenvolvimento, Rosa Langa insta à mulher moçambicana a ser persistente no que diz respeito à sua secular luta na procura e na afirmação da igualdade dos seus direitos em relação aos do homem, bem como em assegurar todas as conquistas até agora conseguidas em termos de direitos da mulher. 

Paralelamente, apelou as mulheres casadas a observarem rigorosamente o seu papel social como forma de garantir um lar feliz e  de “prender” o marido em casa. Sem, no entanto, deixar de chamar à atenção para a prevenção e a realização de teste voluntário do HIV.

 

Rosa Langa dirigindo-se ao público em Chitengo

 

Tomaram parte da cerimónia de lançamento do segundo livro da Rosa Langa no PNG diversos convidados com maior incidências de mulheres, entre trabalhadoras do Parque e membros da comunidade do Vinho, distrito de Nhamatanda. 

 

Parte da assistência e a autora no fim da cerimónia

 

Várias actividades de índole cultural coloriram a festa de lançamento da obra literária da jornalista radiofónica da Emissora Pública Nacional.

 

Manifestação cultural a propósito do lançamento livro e de 8 de Março

 

A terminar, recordar que Rosa Langa lançou seu primeiro livro, “Moçambique, Mulheres e Vida”, em 2006, numa colecção de 30 entrevistas de mulheres moçambicanas de diferentes estratos sociais. 

Rosa Langa, nasceu no distrito de Chibuto, província de Gaza, jornalista cultural há 13 anos ao serviço da RM-EP. Foi colaboradora da Revista Tempo e do extinto jornal Campeão. 
 
 

Carlitos Sunza

Departamento de Comunicação/PNG

PNG vai ter energia eléctrica da rede nacional

Parque Nacional da Gorongosa 20 Mar 09

 

Já estão em curso as obras de execução do projecto que levará energia eléctrica ao centro de acampamento turístico do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), em Chitengo.

O projecto, com conclusão prevista os finais de Junho de 2009, resultante de uma parceria entre a EDM e o PNG, está orçado em cerca de 700.000 US$.

As obras estão a cargo do empreiteiro ETDE com a fiscalização da EDM. 

No quadro do referido projecto, serão estendidos trinta e seis quilómetros de rede eléctrica de média tensão. O ramal parte da linha que transporta electricidade à vida de Gorongosa, junto ao itinerário do desvio para o PNG, ao longo da Estrada Nacional Número 1. 

As actividades preliminares de desmatação e abertura de estrada de acesso foram concluídas nos finais do ano de 2008, apôs o processo de desminagem do troço, e de um estudo de impacto ambiental executado pela empresa de consultoria Moçambicana IMPACTO, estando já no terreno todo o material, nomeadamente postes de electrificação, estruturas metálicas, condutores e isoladores.

 

Uma parte do material a ser usado para electrificação do Chitengo

 

 

A ligação de Chitengo à rede eléctrica nacional impulsionará grandemente as actividades do turismo em progressão e constitui uma mais valia na contenção de alguns custos de operação do PNG. De igual modo, vai minimizar as despesas de manutenção e aquisição lubrificantes e outros acessórios para grupos geradores, assim como melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem em Chitengo e na área de alojamento do pessoal. 

A energia que alimenta o centro de acampamento turístico e outros anexos do PNG é gerada, presentemente, por grupos geradores que consomem enormes quantidades de combustíveis.  

Para elucidar, o parque gasta em média 272 litros de gasóleo/dia, o correspondente a 6,850 meticais, para garantir o funcionamento de três grupos geradores que fornecem energia ao Chitengo e aos bairros residenciais do staff, localizados em Nhambita e Site One, durante 15h30, 10h e 5h de tempo por dia, respectivamente.  

A energia da rede nacional representa motivo de maior satisfação para as autoridades administrativas do PNG nesta altura em que a humanidade se encontra mergulhada numa crise financeira sem precedente, pois irá minimizar os avultados encargos orçamentais destinados anteriormente à compra de combustíveis  para alimentar grupos geradores para o fornecimento da tensão eléctrica aos locais referidos no parágrafo precedente.  
 

Carlitos Sunza

Departamento de Comunicação/PNG


 

Fábrica de Secagem de Frutas, Vila de Gorongosa

 

A jovem vila autárquica da Gorongosa, em Sofala, conta desde 16 de Janeiro de 2009 com uma unidade de secagem de frutas, a primeira do género em Moçambique.  

Este projecto do Parque Nacional da Gorongosa (PNG) visa diminuir as actuais perdas de frutas estimadas em quase 80% da produção local, em resultado de procedimentos tradicionais na sua colheita, tratamento e conservação que levam o rápido apodrecimento do produto antes de ser comercializado, aliado a incapacidade do mercado regional em absorver a abundante colheita de  tais produtos agrícolas.  

Por outro lado, propõe-se a gerar emprego e renda nas comunidades rurais da Gorongosa, melhorando por conseguinte a vida das pessoas. 

De acordo com o gestor da iniciativa, Alexandre Negrão, a secagem é, de uma certa forma, a maneira de acrescentar valor ao produto, evitando o desperdício de frutas que acabam muitas vezes no lixo de feiras livres e, até mesmo, supermercados.  

“Com a secagem, estaremos oferecendo um produto adicional ao mercado, evitando assim o desperdício em período de safra, gerando emprego e renda para a comunidade“O produto que passa por algum tipo de beneficiação industrial tem um valor agregado, aumentando assim o seu valor de comercialização”. – – ressaltou Negrão. 

“A Gorongosa é grande produtora de frutas in natura. A implantação desta fábrica está agregar valor às frutas produzidas nesta região e outras zonas de Sofala”, disse o gestor do Projecto. 

O gestor do Projecto, Alexandre Negrão

 

A unidade fabril que está laborar em regime experimental processa banana, manga, ananás, papaia, tomate, laranja e tangerina, frutas com maior índice de produção na região. A produção ainda em armazém será vendida no mercado nacional e regional, nomeadamente a África do Sul.  

A matéria-prima é fornecida presentemente por 54 famílias das comunidades da Gorongosa (Tambarara, Canda, Vunduzi, Nhataca-1, entre outras zonas). A fábrica recebe igualmente frutas de Muxungue (distrito de Chibabava, em Sofala), Chimoio (província de Manica) e Nicuadala (província de Zambézia). 

A implementação do projecto consiste em uma unidade de secagem de frutas utilizando um secador industrial. Inicialmente, está sendo feita uma produção de uma tonelada de frutas por dia. Porém, o secador tem uma capacidade instalada para quatro toneladas por 24 horas. 

 

O secador de frutas

 

Quanto à força de trabalho, Alexandre Negrão adiantou que a nova fábrica ofereceu 30 empregos directos e tantos não quantificados em regime eventual. Trata-se de mão-de-obra totalmente regional, visando beneficiar e valorizar os profissionais locais, entre extensionistas e o pessoal afecto em diferentes áreas da produção, designadamente pesagem, lavagem, processamento, secagem, controlo de qualidade, pesagem, empacotamento em vácuo e armazenamento do produto final.

 

Trabalhadoras em plena actividades na secção de descasque de frutas

 

Paralelamente, o nosso interlocutor explicou resumidamente alguns passos de como é o processo de secagem da fruta desde o recebimento da matéria-prima até o empacotamento do produto, ou seja, a matéria-prima chega na indústria acondicionada em caixas de plástico, passando posteriormente pela lavagem a fim de remover as sujidades de superfície. Seguindo da selecção do produto que visa separar a matéria-prima lesionada da não lesionada, antes do descasque. Na quarta etapa, a fruta é cortada em fatias, colocada em tabuleiros e postas na câmara de frio. Posteriormente, os tabuleiros são transportados para o secador onde são alinhados de acordo com o flow do ar quente. 

Dependente do tipo de fruta e dos parâmetros (temperatura e humidade relativa) utilizados a secagem da fruta pode levar entre 18h a 24h. Para depois ser embalada e colocada no mercado à venda ao público.

 

Fruta (ananás) seca

 

O secador foi montado num edifício, localizado no centro da vila, cedido gentilmente ao PNG pela Administração do Governo do Distrito de Gorongosa para uma exploração por tempo indeterminado a título grátis.  

As estruturas administrativas beneficiárias encarregaram-se em fazer a reabilitação profunda do imóvel, cuja empreitada de construção civil estava a cargo do Sector de Infra-estruturas do PNG e a sua conclusão foi em finais de Dezembro de 2008.

 

Estrutura antiga do edifício da fábrica de frutas 

 

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Carlitos Sunza 

Departamento de Comunicação/PNG

 

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