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Gorongosa

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Aspecto do dormitório do internato da EPC de Mbulaua

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Os alunos internos da Escola Primária Completa (EPC) de Mbulaua, no distrito de Gorongosa, província de Sofala, vivem presentemente em precárias condições, na sequência da degradação do centro internato.

 

O edifício, construído com base em material local, que alberga as crianças, reclama por obras de restauro, por se apresentar em elevado estado de destruição, assim como carente de apetrechos em mobiliário.

 

O centro internato consiste, simplesmente, em estacas (pilares) que suportam alguns bambus cruzados das paredes e suportam o tecto coberto de capim. O bloco dormitório feminino é o mais afectado.

 

Aspecto do interior do bloco dormitório feminino
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Neste momento, de acordo com o director-adjunto pedagógico da EPC de Mbulaua, Luís Fernando, os alunos vivem em condições bastante deploráveis por falta de acomodação adequada. De acordo com a fonte, a situação cria sofrimento aos alunos que vindos de zonas distantes da escola, para fazerem o II ciclo do ensino primário, vivem em condições que atentam a sua saúde, principalmente no tempo de frio intenso da Gorongosa.

 

Para dar um mínimo de conforto às noites dos petizes, a direcção do estabelecimento decidiu utilizar uma das salas de aulas como dormitório para as raparigas, enquanto que os rapazes dormem em pequenas cabanas feitas por eles próprios.

 

Cabana particular feita por um dos meninos
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Esta problemática, na opinião do Luís Fernando, prejudica sobremaneira a qualidade da aprendizagem, o que repercutirá negativamente sobre a sociedade na medida em que a educação das crianças afectadas não terá a excelência desejada.

 

Os responsáveis da escola estão sem solução para colmatar o problema, uma vez que se encontram desprovidos de recursos para reerguer a infra-estrutura com base em material local ou construir um novo empreendimento melhor.

 

A comunidade mais próxima da EPC do Mbulaua mostra-se indiferente perante o triste cenário porque, segundo explicou o director-adjunto pedagógico da EPC do Mbulaua, seus educandos não vivem no centro interno. De igual modo, disse que está sendo difícil mobilizar potenciais parceiros institucionais, bem como organizações, interessados em apoiar na reconstrução ou construção de raiz de um novo centro internato a fim de proporcionar condições mais condignas de alojamento aos alunos internos.

 

O director-adjunto pedagógico da EPC de Mbulaua, Luís Fernando
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Um outro problema prende-se com a falta de água potável, pois o único fontanário que abastecia o precioso líquido à escola e ao centro encontra-se avariado há mais de dois meses ainda sem perspectiva de reparação.

 

Fontanário avariado há mais de dois meses
Furo avariado da escola de Mbualaua.jpg


Por conseguinte, a comunidade académica recorre a um poço tradicional localizado a cerca de 2km da escola para se abastecer de água, cuja qualidade e composições mineralógica e bacteriológica ainda mereceu uma análise laboratorial.

 

Actualmente, vivem no centro internato da EPC do Mbulaua 64 alunos, sendo 18 do sexo feminino e 46 do sexo masculino, provenientes de áreas longínquas da escola como Púnguè, Nhambita, Mussinhã e Mutiambamba.

 

A alimentação das crianças é garantida pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA). Também são beneficiários da doação professores, cozinheiros e agentes de serviço. O donativo comporta arroz, farinha de milho (raras vezes), ervilhas e óleo da cozinha.

 

Armazém de comida do PMA
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O PMA apoia o centro bimestralmente com bens de primeira necessidade. A direcção da escola diz que a quantidade de comida recebida, algumas vezes, é insatisfatória para as necessidades do centro, mas representa uma importantíssima e indispensável ajuda na dieta alimentar dos favorecidos.

 

Alunas da EPC durante uma das refeições
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       Carlitos Sunza

Departamento de Comunicação/PNG

6 comentários

De sara palhinha a 25.07.2009 às 04:50

gostei imenso de saber o que se passa por ai...como podemos contribuir? ou ajudar? estou longe mas nasci nessa terra fantástica...gostaria de poder colaborar de alguma maneira construtiva no vosso desenvolvimento...

De Parque Nacional da Gorongosa a 28.07.2009 às 09:49

A melhor ajuda para esta e outras situações é fazer turismo em Moçambique!
O país precisa de desenvover esta indústria que dá emprego a muita gente e abre novas visões sobre o Mundo a quem contacta com os turistas.
Cumprimentos,
Vasco Galante

De sara palhinha a 28.07.2009 às 10:00

claro..que sim..faco e com muito gosto..alias vou de 2 em 2 anos a essa terra...visitei o ano passado o niassa! agora tenho de voltar a beira e ao vosso parque....

De maria emilia a 03.09.2009 às 22:47

Estive em Moçambique em Setembro de 2000, passei uns dias em Maputo mas depois fui para a Beira, aluguei um carro e visitei o Distrito de Manica e Sofala. Como vivi toda a minha vida na Gorongosa esse foi um destino que não queria perder. Estive no Chitengo e vi algumas coisas feitas ainda no tempo em que o meu Pai trabalhou no Parque (até 1966). Depois de sair do Parque fomos viver a 10Km de V Paiva de Andrade actualmente Vila da Gorongosa , a loja que foi dos meus Pais ainda existe "Loja do Magalhães" na Mocossa . Ontem quando vi o programa do PNG fiquei com muitas saudades e feliz por ver o qunto o Parque melhorou neste ultimos anos. BEM HAJA A QUEM LÁ INVESTIU.
Espero um dia de voltar a terra que me viu crescer, e obrigado a quem está a reconstruir o PNG .Tenho a certeza que o meu Pai se fosse vivo ia ficar muito feliz, ele era conhecido pelo "MAGALHÃES DA GORONGOSA "

De Parque Nacional da Gorongosa a 04.09.2009 às 12:01

A Gorongosa (e Moçambique) mudaram muito nos últimos anos!
Está na altura de vir apreciar estas mudanças, vai gostar de certeza.
Cumprimentos,
Vasco Galante

De Mauricio Galhardo Matsinhe a 28.04.2016 às 20:51

o que o governo diz acerca destas piores condicoes do internato.

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